segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Centenário da Republica

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PROGRAMA DA ASSOCIAÇÃO 31 DE JANEIRO



DIA 30

21h30 – Ateneu Comercial do Porto - Conferência subordinada ao tema:

“Como construir a República na século XXI”

Conferencista: Prof. Doutor Amadeu Carvalho Homem



DIA 31

10h00 – Cemitério do Prado do Repouso (Entrada Largo Padre Baltazar Guedes)

- Intervenções junto ao monumento evocativo do 31 de Janeiro.

- Hino Nacional cantado por alunos do 2º Ciclo do Colégio dos Órfãos.


17h00 – Praça dos Poveiros - Descerramento de placa alusiva:


1º Centenário da República

Homenagem aos Republicanos

do 31 de Janeiro de 1891

A “Associação Cívica e Cultural

31 de Janeiro”

31/01/2010


18h00 – Ateneu Comercial do Porto - Abertura da exposição, “Quem fez a República

18h30 – Ateneu Comercial do Porto – Apresentação do livro: “A Maçonaria e a implementação da República” pelo Professor António Reis.


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2 comentários:

Raúl Navarro disse...

Viva a República!
Honra e Glória aos caidos do 31 de Janeiro!

Anónimo disse...

Assim aconteceu o golpe de 31 de Janeiro de 1891 no Porto. Foi uma iniciativa em contracorrente. Deu-se quando o país, como reconheceram os Republicanos, estava outra vez na mais “completa tranquilidade, e numa cidade onde tinham pouca força. Teve sobretudo a ver com a história interna do Partido Republicano, sendo “mais dirigido contra o [directório] do que contra a própria monarquia”. Em 1890, a agitação do ultimato não derrubou D. Carlos, mas José Elias Garcia. A 13 de Novembro, aparecera um manifesto em Coimbra, assinado por 120 estudantes revolucionários, a acusar os líderes do Partido Republicano de serem “velhos” acostumados à “tranquilidade”. José Elias acabou por ser apeado do poder no congresso Republicano de Lisboa de 5 de Janeiro de 1891. O advogado Manuel Arriaga e o tenente Francisco Homem Cristo tomaram conta do partido. Era a vitória dos “revolucionários” sobre os “evolucionistas”. José Elias resolveu então apanhar os revolucionários no seu próprio jogo. Para os embaraçar, animou uma conspiração no Porto, chefiada por um maçon, o advogado Augusto Manuel Alves da Veiga, e por um jornalista de escândalos, Henrique Santos Cardoso. O novo directório do partido foi mantido à margem. Mas se a conspiração progrediu, isso deveu-se menos “à iniciativa dos elementos civis Republicanos” do que ao “imprevisto concurso dos militares da guarnição do Porto”, sobretudo os sargentos. O que os motivou? Segundo um deles, “um ódio fundo ao inglês – desde que me conheço”, e a recusa em aceitar que o rei fosse “irresponsável”, isto é, que a lei não fosse igual para ele. Para além deste patriotismo jacobino, no entanto, pesou mais uma lei de 17 de Janeiro de 1891, que dificultou a promoção dos sargentos a oficiais. Foi assim fácil de manobrar entre sargentos descontentes, levá-los para cafés cheios de fumo, onde se berrava abertamente contra a monarquia. […]
Nos dias seguintes, toda a gente tentou diminuir a importância do acontecimento. As mais destacadas figuras do republicanismo, incluindo o directório do partido, condenaram o golpe como uma aventura mais ou menos irresponsável. Até a maçonaria irradiou Alves da Veiga. […]
As manifestações de fidelidade dinástica também não foram óbvias. As ordens do exército censuraram sobretudo a violação da disciplina, a “luta fratricida” e o “crime de lesa-patriotismo”. […] A Câmara Municipal do Porto, logo no dia 12 de Fevereiro , dirigiu uma mensagem ao rei a pôr as culpas na “doçura dos nossos costumes”.

RAMOS, Rui – D. Carlos. Lisboa: Temas & Debates, 2007, pp. 100-102